MÁ FASE
Jejum de Lucho é o maior entre centroavantes do Bahia em 15 anos 2i86e
Atacante uruguaio soma 18 jogos sem marcar e revela não se encaixar no esquema de jogo de Rogério Ceni 5a5i4
Por Téo Mazzoni

Com 30 jogos disputados pelo Bahia na temporada, o atacante Luciano ‘Lucho’ Rodríguez alcançou importantes marcas com a camisa tricolor nas 12 primeiras partidas do ano, mas após a boa fase no começo de 2025, o uruguaio agora atravessa o maior jejum de gols da carreira, e também carrega o maior tabu de um ‘centroavante’ do Esquadrão nos últimos 15 anos.
Há mais de dois meses sem balançar as redes adversárias, Lucho acumula uma sequência de 18 jogos sem marcar gols. Devido ao alto número de partidas sem um único tento por parte do atleta, a reportagem do Portal A TARDE produziu um levantamento que aponta o atual jejum de Luciano Rodríguez como o pior dentre as principais referências de ataque do Bahia desde 2010.
Números dos centroavantes nos últimos 15 anos: 3h4w22
2025 (até o momento): 6r2l5m
- Willian José - 28 jogos / 8 gols / 12 partidas sem marcar;
- Lucho Rodríguez - 30 jogos / 7 gols / 18 partidas sem marcar (maior jejum dos últimos 15 anos).
2024: 3734f
- Everaldo - 58 jogos / 11 gols / 12 partidas sem marcar;
- Óscar Estupiñan - 21 jogos / 8 gols / 9 partidas sem marcar;
- Lucho Rodríguez - 22 jogos / 7 gols / 6 partidas sem marcar.
2023: og6x
- Everaldo - 60 jogos / 20 gols / 7 partidas sem marcar.
2022: 445u
- Rodallega - 38 jogos / 12 gols / 17 partidas sem marcar (2º maior jejum dos últimos 15 anos);
- Matheus Davó - 40 jogos / 10 gols / 9 partidas sem marcar.
2021: 1vp8
- Gilberto - 56 jogos / 26 gols / 8 partidas sem marcar gols;
- Rodallega - 22 jogos / 6 gols / 11 partidas sem marcar gols.
2020: c4ew
- Gilberto - 50 jogos / 19 gols / 13 partidas sem marcar gols.
2019: 132a6g
- Gilberto - 58 jogos / 29 gols / 11 partidas sem marcar gols;
- Fernandão - 48 jogos / 13 gols / 14 partidas sem marcar gols (3º maior jejum dos últimos 15 anos).
2018: 2455e
- Edigar Junio - 54 jogos / 13 gols / 10 partidas sem marcar gols;
- Gilberto - 25 jogos / 9 gols / 9 partidas sem marcar gols.
2017: 2c3d2u
- Edigar Junio - 40 jogos / 15 gols / 9 partidas sem marcar gols;
- Hernane - 22 jogos / 7 gols / 6 partidas sem marcar gols;
- Rodrigão - 14 jogos / 5 gols / 6 partidas sem marcar gols.
2016: 5k593g
- Hernane - 46 jogos / 21 gols / 7 partidas sem marcar gols;
- Edigar Junio - 47 jogos / 16 gols / 13 partidas sem marcar gols.
2015: 5k2570
- Kieza - 50 jogos / 29 gols / 4 partidas sem marcar gols;
- Léo Gamalho - 29 jogos / 7 gols / 9 partidas sem marcar gols.
2014: 1p2d57
- Kieza - 22 jogos / 6 gols / 9 partidas sem marcar gols.
2013: 6p3t3p
- Fernandão - 41 jogos / 18 gols / 5 partidas sem marcar gols;
- Obina - 26 jogos / 8 gols / 6 partidas sem marcar gols.
2012: 413n4j
- Souza - 36 jogos / 27 gols / 6 partidas sem marcar gols;
- Júnior - 35 jogos / 13 gols / 9 partidas sem marcar gols.
2011: 2jq1
- Souza - 36 jogos / 18 gols / 4 partidas sem marcar gols;
- Júnior - 27 jogos / 5 gols / 9 partidas sem marcar gols.
2010: 343e13
- Rodrigo Gral - 40 jogos / 18 gols /8 partidas sem marcar gols;
- Jael - 28 jogos - 13 gols / 3 partidas sem marcar gols.

Entenda o possível motivo 56101x
Durante a semana, Lucho Rodriguez se apresentou à Seleção Uruguaia após figurar na lista de convocação do técnico Marcelo Bielsa, e em entrevista ao jornalista Rodri Vázquez, fez declarações diretas sobre seu posicionamento no esquema tático do treinador Rogério Ceni.
O jogador revelou o desejo de voltar a atuar pela beirada do campo, mais precisamente na ponta, que conforme dito pelo atleta, foi onde melhor desenvolveu seu futebol, indo na contramão do que pensa o comandante do Bahia, que enxerga o uruguaio como referência no ataque.
Para Lucho, sua posição natural é a ponta. “Não tenho problema em jogar como camisa 9, como estou fazendo agora no Bahia, mas claro que gostaria de voltar à minha posição de origem, que foi onde tive melhor desempenho”.
Além disso, ainda segundo o jogador, o esquema tático proposto por Ceni no Esquadrão por muitas vezes o deixa “escanteado” nas partidas, fazendo com que o atleta não tenha muito envolvimento no sistema de jogo, acarretando em uma pequena falta de confiança, conforme revelado pelo atacante durante a entrevista.
Impacto emocional 1d4051
Independentemente do posicionamento, qualquer jejum incomoda, ainda mais para os atacantes, o que pode levar a falta de confiança. Em entrevista ao Portal A TARDE, a psicóloga esportiva Fernanda Lago afirmou que o atacante uruguaio está atravessando um desafio psicológico e emocional.
A profissional garantiu que o rendimento de um atleta é influenciado não apenas por sua capacidade técnica e física, mas também por uma série de fatores emocionais, relacionais e contextuais.
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