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Aumento do IOF gera custo de quase R$ 20 Bilhões para empresas 465k23
Com a nova tributação, a carga do IOF sobre empréstimos pode ultraar 110% ao ano 2n565m
Por Carlos Henrique os, presidente da FIEB-BA

O setor produtivo recebeu com grande preocupação o anúncio do aumento das alíquotas do IOF. Essa medida, que deve custar ao setor produtivo R$ 19,5 bilhões já em 2025 e R$ 39 bilhões em 2026, vai na contramão do que o país precisa neste momento. Em vez de fomentar um ambiente de negócios mais competitivo e previsível, estaríamos assistindo a uma elevação de custos que afeta diretamente a produção, o investimento e o crescimento das empresas brasileiras.
O impacto sobre o crédito é alarmante. Com a nova tributação, a carga do IOF sobre empréstimos pode ultraar 110% ao ano. Isso encarece operações essenciais para o funcionamento e a expansão dos empreendimentos, em um momento em que a economia ainda precisa de estímulos. É uma penalização à atividade produtiva, que já enfrenta inúmeros desafios estruturais.
O aumento do IOF pesa ainda mais sobre micro, pequenas e médias empresas, que já enfrentam dificuldades para ar crédito e têm pouco ou nenhum o ao mercado de capitais.
Outro ponto a ser considerado é o efeito sobre o câmbio e os investimentos. Isso significa aumento de custos para importar insumos e bens de capital, justamente o que é necessário para modernizar o parque industrial brasileiro. Além disso, a tributação desigual sobre produtos financeiros, como o VGBL, distorce o mercado e desestimula a formação de poupança de longo prazo, empurrando o país para o curto-prazismo e dificultando investimentos estruturantes.
Por natureza, o IOF é um imposto regulatório, não arrecadatório. Usá-lo para reforçar caixa é jogar contra o crescimento do país. O Brasil precisa de um modelo fiscal mais eficiente e estável, que traga previsibilidade aos investimentos e reduza o custo tributário que trava a competitividade nacional.
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